GASS - Grupo de apoio aos sobreviventes do suicídio
Projeto voltado para sobreviventes de suicídio
Que esta biografia dê conta de situar no tempo e no espaço, não só a vida artística de Felipe, mas que possamos compreender a obra inacabada pela depressão grave e suicida. Penso que muito ele ainda iria produzir se a decisão fatal não tivesse interrompido sua arte. Infelizmente somos impotentes para mudar o destino de alguém se não há sinceridade, honestidade e humildade perante a vida.
Nasceu dia sete de setembro e com o apelido de "Sr. Independêncio", por desde muito cedo mostrava sua individualidade e liberdade de escolhas e decisões. Aprendeu a falar com precisão. Adorava desmontar brinquedos para ver como funcionavam e os montava para outra versão. Carrinhos viraram ventilador e por aí descobria o porquê e como das coisas, hábito que se tornou vício para sempre. A fase do "porque?" foi cansativa e respostas do "porque sim" e "porque não" o decepcionava. Começou a ir à escola aos 4 anos.Gostava de desenhar e aprendeu a ler com facilidade e praticamente sozinho. Adorava desafios e enigmas. Mais tarde aprendeu a se exercitar lendo livros de Matemática e adorava números primos, aos quais dedicava horas de cálculos. Assim também apaixonou-se por ações e sabia administrar sua carteira com lucros significativos.
Concluiu somente o ciclo básico; graduou-se pelo Colégio Técnico em Informática aos trancos e muita insistência materna, pois a escola, qualquer uma, era um incômodo. Autodidata, aprendia sozinho muito mais rápido, o que o aborrecia pela lerdeza e dificuldades dos colegas em seus relatos.
Em 1996 mais ou menos, desmontou a cama de mogno, para entalhar a madeira com lâmina de barbear e um canivete. Assim, decidi por captar a criatividade dele e do irmão com aulas de entalhe em madeira com Edson Lufac, na época conhecido pelas magníficas portas entalhadas; era chamado por Pimpolho. O Felipe queria mais e passou a pintar e a tentar esculpir; na época morávamos num apartamento, então alugou em 1998 um porão perto de casa e passou a ficar lá durante o dia para fazer arte. Mudamos em 2000 para uma casa no mesmo bairro, na Rua Nicolau Carderelli, com uma garagem espaçosa e começaram as restaurações e peças de marchetaria. Comprou algumas ferramentas mais elaboradas e desenvolveu clientela da elite pelo trabalho esmerado nas restaurações executadas. Por essa época teve um pneumotórax espontâneo, pelo esforço de carregar peças pesadas. Ficou com dores para se mexer e respirar por alguns meses. Logo em seguida, foi roubado na oficina e, apesar, do boletim de ocorrência e das peças terem sido achadas pela polícia, elas sumiram da delegacia. Este fato o deixou arrasado, decepcionado e frustrado com o mundo a ponto de desistir de continuar com esta atividade. Vendeu o que tinha por qualquer preço e desmanchou a oficina de marcenaria que tinha montado.
Creio que esta ocorrência iniciou o processo depressivo, pois dali em diante ele foi ficando cada vez mais cético, cínico e antissocial.
A principal mensagem de seus quadros sempre foi a ironia, o desprezo pelo censo comum, e o sarcasmo com os aspectos triviais do existir.Alguns quadros nós conhecíamos, pois chegaram a ser mostrados por ele. Mas, a maioria deles só fomos encontrar depois de sua morte, em seu apartamento, escondidos debaixo da cama, do colchão e enrolados dentro dos armários. De forma intencional e lúcida, escondeu suas verdades existenciais expressas em suas pinturas tão reveladoras.
É formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Foi médica sanitarista e professora de Saúde Pública na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Desde 1996, atua como médica psiquiatra.
Em 2012, a psiquiatra perdeu o filho Felipe de 34 anos por suicídio e desde então tem trabalhado na prevenção por meio de palestras para especialistas da área de saúde, estudantes universitários e membros de entidades.
Além das palestras, a psiquiatra lançou a segunda edição ilustrada do livro ‘Suicídio: a epidemia calada’, que traz os últimos três anos do diário do filho.
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Online
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Projeto voltado aos funcionários públicos
Projeto voltado aos funcionários públicos do município de Jundiaí - SP
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Palestra de prevenção ao suicídio
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Câmara Municipal de Jundiaí
Prevenção de suícidio
Passeata no centro de Jundiaí, abordando e conscientizando a sociedade sobre suicídio.
Frente de articulação da saúde mental em Jundiaí, com o tema ‘Epidemia calada: suicídio, um diálogo para prevenção e cuidados das doenças mentais no município’. O principal objetivo do encontro foi
A segunda edição traz os últimos diários de Felipe De Stefano Balster Martins, o qual cometeu suicídio em novembro de 2012, e os quadros pintados por ele. A obra foi organizada pela psiquiatra e mãe d